06/04/2009

Olhar poesia

A Poesia é um olhar
Prenhe de simplicidade.
É a beleza dum sopro de brisa,
dum barco a passar, a ternura
e a melodia da onda a espraiar...
Quem me dera ter um olhar sereno,
breve, meigo, grande de pequeno,
que solta a joeira no cordel,
que rodopia na terra e
na erva do quintal e do jardim,
capaz de descobrir segredos
no autocarro que passa, fiel...
Olhar o ramo que aninha o pássaro...
Capaz de explodir em descobertas de mim...
Quem me dera poder olhar as coisas
Como da primeira vez, e nos dedos
Descobrir o aroma da frescura,
sentindo o paladar da madrugada!
Olhar extasiado de novidade,
e descobrir toda a beleza do nada.

2 comentários:

  1. Parei nas tuas palavras, apenas porque elas me trouxeram a serenidade necessária para "descobrir toda a beleza do nada".
    Se eu fosse poeta, Jordas, talvez não me deixasse perder tanto no cansaço das coisas que não valem a pena e subia a árvore,para espreitar o pássaro aconchegado no ramo. Não sou. Mas estou muito orgulhosa porque tenho um perto de mim.

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  2. Bravo Poeta!!! Continua a plasmar em letras aquilo que sentes e que vês à tua volta. Prometo continuar a ler!!!

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