06/11/2009

Ingrata Solidão

A tarde tomba raiada de rubra sombra
E as mensageiras da chuva ondulam
No espaço azul dourado do poente
Não sei se cantam ou choram, mas voam
Como, do menino que as olha, os sonhos
Por entre os ferros escuros da solidão.
A tarde é quase a leve penumbra
Por onde todos os medos polulam
No rosto magro, triste, inocente
Da criança que te atira a breve mão,
Que molha uma lágrima reprimida ...
No escuro da noite da ingratidão
Todos nos tornamos medonhos
E nem sabemos estender a mão!
Ao não celebrarmos cada VIDA
Mergulhamos, também, na solidão.
Essa é a pior prisão.

3 comentários:

  1. Pois cada vida que não celebramos, é uma asa de anjo que se dissolve no mar, é uma ilusão que se afoga na noite, é um vazio que se instala em nós, é a solidão cristalizada na lágrima do menino a quem recusámos a mão.

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  2. Dava dois poemas com assuntos diferentes ;) Ambos muito bons! Mas como está, estás de parabéns outra vez!

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