11/06/2010

BORBOLETA












Quando a madrugada nova despontou
Rubra na luz, clara e orvalhada na cor,
Junto à areia ainda molhada desenhou
Palavras, conchas, colar, pérolas de dor.
Foram as lágrimas da vida, já tão distantes
Que o marcado rosto afagou ainda quentes
E aqui se juntaram às outras ondas de antes
Que foram as saudades de mares ausentes.


Uma pérola vive na concha, minha saudade,
Despida de luxos. No âmago doutra solidão
Vive o meu, o teu e todo o imenso mar,
Terra, água, sopro, fogo latente por atear.
E a única beleza, presa da nossa escuridão,
Jóia que de ti em mim é ré por vontade
De horizontes novos e  nunca navegados,
Há a ternura de nossos corações ligados.


Oh! Quem me dera ser essa borboleta
Voando, despreocupada de flor em flor,
Abrindo em cor as asas leves, delicadas,
E espraiar-me na juventude do novo odor,
Beber das palavras, a ambrósia do poeta
Que é esse néctar de beleza feito mar…
Oh! Quem me dera nas pétalas despegadas,
Tuas rolas de donzela, em sonho descansar.
.

14 comentários:

  1. E talvez passemos a vida toda demasiado concentrados nesses limites e nessas barreiras que nos são impostas ou que impomos a nós próprios nessa busca desmedida por uma perfeição que nunca chegamos a alcançar.

    Mais um poema fantástico, sem dúvida. É muito bom ler um poema em que as rimas não existem para enfeitar mas sim para transmitir um sentimento e uma verdade.

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  2. Em muitos momentos somos como as borboletas , vida breve e fragil.
    Lindo o seu pema , cheio de sentmentos ternos.
    Obrigada pela partilha .
    bom domingo

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  3. Jortas,

    Belíssimo poema...Parabéns!!!

    Grata por sua visita e te desejo um ótimo Domingo, repleto de muito Amor e Paz!!

    Grande beijo,

    Reggina Moon

    Visite:

    www.fernandopessoas.blogspot.com

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  4. Lindo! encantador o teu poema! quem me dera também ser borboleta...
    Bjs

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  5. Jortas,

    Hoje passando para te visitar e desejar um ótimo dia!!

    Beijos,

    Reggina Moon

    Retire em meu Blog Verso & Prosa um dos selinhos em destaque, qual quiser...

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  6. Já tinha saudades de passar por aqui com mais vagar. Tenho passado aos 'bocadinhos'. Obrigada por mais um poema muito bonito!

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  7. Se há ternura dos corações amantes ligados, ainda e apesar do *tempo, contratempo
    anulam-se, mas o sonho resta, de viver* Resta a esperança! Lindo poema, Jordas meu amigo de que tanto me orgulho*


    *Qualquer tempo é tempo.
    A hora mesma da morte
    é hora de nascer.

    Nenhum tempo é tempo
    bastante para a ciência
    de ver, rever.

    Tempo, contratempo
    anulam-se, mas o sonho
    resta, de viver.

    Carlos Drummond de Andrade*

    Tenha uma Boa Noite!
    Beijos!
    Renata

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  8. Já viste a borboleta que está no blogue de Gsaparosa? Foi apanhada numa flor
    "Abrindo em cor as asas leves, delicadas,
    E espraiar-me na juventude do novo odor"

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  9. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE
    JORTAS

    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BLADE RUUNER , CHOCOLATE, EL NAZARENO- LOVE STORY,- Y- CABALLO.

    José
    Ramón...

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  10. Parabéns pela sensibilidade contida em seus escritos! Seguirei você...

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  11. Que ótimo espaço pra se refletir um pouco sobre a vida e como andam os sentimentos, especialmente quando se está sentindo que algo está faltando, algo muito próximo de ausência. Quem dera fôssemos como a natureza que se adapta às intempéries com a mesma facilidade que nos dias de sol.

    Beijos pra ti!
    Parabéns pela sensibilidade dos versos.

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  12. Oiê, Jordas! Cheguei! E lhe trouxe o que sei que o meu querido amigo quer: Paz*

    Quero Paz*
    Se ninguém aperta o gatilho
    Quem morre é a guerra caída na chão
    Bang bang, guerra que nada
    Não jogo granada na terra do irmão
    Se ele fala outro idioma
    A bandeira branca é universal
    Se ele é preto, branco ou amarelo
    Seu sangue é vermelho e o meu é igual
    Quero paz
    Violência não
    Quero paz
    É o que pede o meu coração
    Como vou pra linha de frente
    Se armado até os dentes não posso sorrir
    Eu não vou fazer inimigos
    Eu só tenho amigos, me deixem aqui
    Eu não vou lavar roupa suja
    Num tanque de guerra com bala e canhão
    E esse barulhão não combina
    Com a paz dos acordes do meu violão
    Quero paz
    Violência não
    Quero paz
    É o que pede o meu coração
    Bang bang, bang não dá
    Ratatatata também não
    Quero paz aqui, quero lá
    Vamos pôr a mão na consciência
    A voz da inocência precisa falar
    Ele deixou claro está escrito
    Que o mundo é bonito se a gente se amar
    Gente grande brinca com fogo
    E joga esse jogo, se arrisca demais
    Por isso eu sonho como criança
    Não perco a esperança de um tempo de paz
    Quero paz
    Violência não
    Quero paz
    É o que pede o meu coração
    Bang bang, bang não dá
    Ratatatata também não
    Quero paz aqui, quero lá
    Quero Paz
    Roberto Carlos*

    Tenha uma Boa Noite e Lindo Fim de Semana!
    Beijos!!!

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  13. jortas Querido eu que te agradeço pela grata visita lá no meu cantinho.
    É sempre bom poder estar mesmo que virtualmente com pessoas novas(mesmo que foste ao acaso).
    Seje muito bem vindo lá ..
    E desejo que sempre que o acaso assim desejar voce me visite lá..

    Um Forte Abraço!!!

    Andréia

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