DAS PEDRAS
Na ribeira juntam-se abraçadas das alturas e amando-se
se alisam nas duras arestas das margens ou nos escolhos
por onde, involuntariamente, rolam na força que as move.
Nas vozes de baixo ou de tenores ecoam nas cantantes cascatas.
Lá, junto ao mar, prateiam com a luz o fim da tarde.
Aqui, em lagoas cristalinas adormecem como olhares sob o céu azul.
Entre elas ou por dentro delas correm almas indómitas e desleixos.
Como flores a quererem vestir-se por entre as brisas,
verdejantes e infantis folhas de contos de mar...
verdejantes e infantis folhas de contos de mar...
Despontam, róseas, dos gomos dos pessegueiros e ameixoeiras
Que o chuva trouxe com elas, no canto das águas.
Que o chuva trouxe com elas, no canto das águas.
Lá, mais distante, as linhas minimalistas de outras moles,
construídas, recebem a ira espumante das constantes ondas
que não podem namorar com a férrea e rolada força basáltica
que existe em cada pequeno e anónimo calhau desta praia.
Aqui.
Somos pedra informe ou lisa ou grão de areia...
Somos pedra informe ou lisa ou grão de areia...
Pouco interessa o tamanho, a cor ou a forma.
Aqui. Somos!
E isso deve bastar
Para uma tarde primaveril de Março.
Para uma tarde primaveril de Março.
Tenha uma Feliz Páscoa
ResponderEliminarobrigada!
ResponderEliminaruma Santa Páscoa.
:)
Lindo o que escreveu!
ResponderEliminarFeliz Pascoa.
Beijos
ps Obrigado pela visita
Uma linda poesia, é somos frágil como um grão de areia, fortes como a pedra e revoltosos e impaciente como as ondas.
ResponderEliminarFiquei feliz com sua visita, aqui o verde e o aroma da natureza é uma constante para nós.
Tenha uma ótima semana.