16/06/2009

É TARDE!


É tarde, e no azul do meu mar

Há gaivotas dourando o sol ocaso,

Há água pura que enche o vaso

Que é o mundo. Sempre por finar.

É tarde, e no deserto do meu céu

Há brisa rosmaninha, baunilha,

Há o canto verde e fresco da ilha,

Há a promessa do que não nasceu.

É tarde, e no verde que a noite bordeja

Há do pássaro um fresco canto

Há um sonho leve, breve instante

Que o meu destino não inveja.

É tarde, e o hino fresco e puro

Que os meus sentidos embala

É luz? É um perfume que exala

Da tarde fresca e calma. Seguro!

É tarde!

E anoitece na cidade sem alma

E a última estrela no céu aparece,

Luz pura, serena, que embranquece

O meu silêncio e a mim me acalma.
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16/03/2005

2 comentários:

  1. São palavras repletas de serenidade e muita doçura.
    Adorei...

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  2. É tranquilo, sim, Jortas: o teu mar, o teu céu e o teu silêncio derramaram paz na ilha que é verde, que é serena, que é o anoitecer do teu dia no chão do teu poema.

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