É tarde, e no azul do meu mar
Há gaivotas dourando o sol ocaso,
Há água pura que enche o vaso
Que é o mundo. Sempre por finar.
É tarde, e no deserto do meu céu
Há brisa rosmaninha, baunilha,
Há o canto verde e fresco da ilha,
Há a promessa do que não nasceu.
É tarde, e no verde que a noite bordeja
Há do pássaro um fresco canto
Há um sonho leve, breve instante
Que o meu destino não inveja.
É tarde, e o hino fresco e puro
Que os meus sentidos embala
É luz? É um perfume que exala
Da tarde fresca e calma. Seguro!
É tarde!
E anoitece na cidade sem alma
E a última estrela no céu aparece,
Luz pura, serena, que embranquece
O meu silêncio e a mim me acalma.
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16/03/2005
São palavras repletas de serenidade e muita doçura.
ResponderEliminarAdorei...
É tranquilo, sim, Jortas: o teu mar, o teu céu e o teu silêncio derramaram paz na ilha que é verde, que é serena, que é o anoitecer do teu dia no chão do teu poema.
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