11/06/2009

Ignoto Fatum

Agora!
O que é o presente?
Essa dor de ser ausente
Essa dor de passado constante
Que anticipa o futuro,
Que muda a eternidade
Que carrega de infelicidade
O corpo e a mente.

Agora!
Quem me dera o agora!
Mas já é passado,
E novamente ausente.
Quem me dera o repente!...
Mas nada é como quero,
Nem o meu querer!

Quem me dera esse ai
Do desabrochar da flor
Que como vento se vai.
Quem me dera o odor
Que chega partindo,
No olhar de amanhã,
Agora, sentindo...

Quantas vezes quero
E não quero?
Quantas vezes esperanço
E logo desespero.
Agora!
Castigo do meu ser...
Quanto desejo não querer?
Oh!
Quem me dera não o saber!

16/03/2005

3 comentários:

  1. Jortas: continuas a tua fase camoniana e muito bem :) Gostei mais deste do que do anterior, mas gostos não se discutem ;) (O dia 16/03/2005 foi especial para ti?...)

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  2. Fizeste-me lembrar o "Tudo é foi" ou a Lídia do Ricardo Reis a agarrar o momento que passa...não...o que já passou...o que já é outro...e já não é...

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  3. A tua alma de poeta está ao rubro...
    Adorei Jortas ****** (6 estrelas)

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