01/09/2010

COSMICIDADE


















Cheguei com as mãos cheias de nada
Ao monumento da glória. Só, derrotado
Cheguei, quando parti naquela madrugada
Do teu poente, na vela de barco ancorado.
As saudades foram o mastro altaneiro
Onde as cordas enrolavam-se ás velas.
Céu azul, mar de azeite, luar e estrelas
Foram, no desterro, cenário companheiro.
E aqui fui na solidão branca das folhas
No breve eco distante das poucas palavras
Que são ralha do arado com que lavras
O sentido fecundo do texto que desfolhas.
O desterro da criação é dor, dor e paixão,
É fogo, é água, é pneuma, é força telúrica.
O nascer do poema: A Celebração litúrgica
Derramada no ouro cósmico dessa Criação.

5 comentários:

  1. Bonito! O mar e a saudade andam sempre de mãos dadas...

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  2. E tudo isso cria o nosso mundo.
    Um beijo

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  3. bonito poema, poesia leva-nos a um mundo maravilhoso onde a saudades o mar andam de mãos dadas,e nos mitigam um pouco. bj

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  4. Oi , Jortas !

    Lindo blog , lindas poesias ...
    Sigo-te .

    Bjo e uma Noite Serena.

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  5. E o mar sempre a inspirar poetas! Lindo!!!
    Bjs

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