A manhã, sonora orquestra de pardais,
Desperta-me na alma o desejo do mar.
Quem me dera partir nas asas do seu canto!
Quem me dera entender as notas musicais
Decifrar a simplicidade da sua pauta
O segredo de tão leve melodiar.
Mas falta-me a clave e o sopro da musa.
Talvez amanhã o descubra numa flor orvalhada,
E no seu aroma perceba o rasto do canto.
Quem me dera o tempo dos rouxinóis e pardais
Que se fartavam do trigo branco das costeiras.
Quem me dera o tempo das andorinhas nos trigais
E o chilrear dourado nas tardes longas estivais!...
Oh! Que paz aquela da canícula e da labuta...
Fui um tempo. O tempo que ficou tão lá atrás!
E contra o passado não há vitória. Só luta.
E apenas um caminho por onde não vais!
Escondido nas luzes da tarde derradeiras
Onde não há canto, nem rouxinol a trinar.
Apenas tu existes e tu és alma de mar
No verde da alma, no azul do pranto
Habitas o destino do teu próprio canto.
.
Caro amigo
ResponderEliminarQuem escuta
a sinfonia da vida
desta forma,
sabe a diferença
entre viver
e existir.
Vida plena em teus dias.
para quando um livro de poesia
ResponderEliminar... estou esperando!...
Bonito...
ResponderEliminar