O Mondego
São lágrimas da saudade
Desse
amor que em ti vivi.
No céu do teu olhar
E nas margens da minha alma
Há umas fitas queimadas
Na alegria das estreitas ruas
E no gemido das guitarras
Das madrugadas nuas.
No largo da velha Sé
Há uns poemas nunca escritos
E
teus versos nunca cantados
Há os nossos beijos perdidos
Nos nossos rostos molhados.
Na Sofia ficou a Fé
Em Santa Cruz a oração…
Na Sereia as promessas,
Na República demos a mão...
Tu já partiste!
Eu fiquei, sem regaço,
Entre a saudade dum rio
E aquele verão frio
De completa solidão…
Nos poentes do cansaço.
Junto ao rio da saudade
Há ainda o teu perfume.
É um salgueiro vergado
Buscando-te no espelho,
Na correnteza dum rio
Que derrete a minha alma,
Desse amor já tão velho
E tão novo como o agora…
Mas que importa a idade?
E as tardes no Penedo
Na verdade, foi antecipado
O meu sofrimento e degredo
Desse amor tão profundo
E tão perene, Saudade?!
à cidade da minha juventude a minha eterna saudade!
Muito belo...
ResponderEliminarBom fim de semana.
Abraço.