Porque morrem as palavras
Na voz que as berram
como facas ou punhais?
Porque morrem as palavras
no sopro da vida em que nascem?
Porque me morrem as palavras
No canto tardio dos pardais?
Porque me morrem as palavras
no estio outonal desta tarde?
Porque me morro, sem as palavras
e me faltam os sons duma lágrima?
Porque me falta a viagem
Em que tu, palavra, não vais?
E as palavras morrem estioladas, sem significado,
Como um rio Tejo na areia da indiferença.
E as palavras são sonoros ritos banais,
Nas tv's, na net, nas colunas dos jornais!...
no hoje que já é outro ontem,
Essa vertigem de um nunca vestido de jamais...
Assim morro na negação das frescas,
Das puras palavras que não dicionarás.
As palavras?!
Essa dor alegre da criação.
Da morte e da ressurreição,
Da treva e da luz...
Como dói a sua ausência num perfume de saudade...
Mas...
As palavras ressuscitarão brancas de prenhe significado,
Sonoras e puras num líquido arco-íris de cristais.
E outro universo criarão, de renovado significado,
O epíteto de Toda a Criação.
Na voz que as berram
como facas ou punhais?
Porque morrem as palavras
no sopro da vida em que nascem?
Porque me morrem as palavras
No canto tardio dos pardais?
Porque me morrem as palavras
no estio outonal desta tarde?
Porque me morro, sem as palavras
e me faltam os sons duma lágrima?
Porque me falta a viagem
Em que tu, palavra, não vais?
E as palavras morrem estioladas, sem significado,
Como um rio Tejo na areia da indiferença.
E as palavras são sonoros ritos banais,
Nas tv's, na net, nas colunas dos jornais!...
no hoje que já é outro ontem,
Essa vertigem de um nunca vestido de jamais...
Assim morro na negação das frescas,
Das puras palavras que não dicionarás.
As palavras?!
Essa dor alegre da criação.
Da morte e da ressurreição,
Da treva e da luz...
Como dói a sua ausência num perfume de saudade...
Mas...
As palavras ressuscitarão brancas de prenhe significado,
Sonoras e puras num líquido arco-íris de cristais.
E outro universo criarão, de renovado significado,
O epíteto de Toda a Criação.
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